tag:blogger.com,1999:blog-344698062024-02-27T22:02:48.505-08:00DESFRAGMENTANDO A TOTALIDADENeste blog apresento e discuto assuntos relacionados à complexidade e ao pensamento e prática sistêmica, bem como outros assuntos da vida acadêmica e do meu interesseSandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.comBlogger66125tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-63914404319841715582016-04-18T20:29:00.001-07:002016-05-27T12:08:15.277-07:00Lições do Chile?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimJZ4ToUTAbnC25l59METSe9gc624MwT6U4zOG7o7KUFkqgeKPP2i0b9Vem4HebJGEIoo90274MiCWwPSWorss73wKVW1kkRkEX-dbd3_gmc_56e1UOFiarNOSIkGelAadmgVY/s1600/sascha+reh+gegen+die+zeit.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimJZ4ToUTAbnC25l59METSe9gc624MwT6U4zOG7o7KUFkqgeKPP2i0b9Vem4HebJGEIoo90274MiCWwPSWorss73wKVW1kkRkEX-dbd3_gmc_56e1UOFiarNOSIkGelAadmgVY/s320/sascha+reh+gegen+die+zeit.jpg" width="196" /></a>Acabei de ler recentemente uma obra de ficção muito interessante sobre a experiência levada a cabo no governo de Salvador Allende, no início dos anos 1970, de uma administração cibernética da economia chilena, baseada no Modelo do Sistema Viável de <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Stafford_Beer">Stafford Beer</a>, e que era denominada de Projeto Cybersyn. A novela "<a href="http://www.amazon.de/Gegen-die-Zeit-Sascha-Reh/dp/3895610879/ref=sr_1_2?ie=UTF8&qid=1461085313&sr=8-2&keywords=gegen+die+zeit">Contra o Tempo</a>" (em tradução livre do alemão) de Sascha Reh, conta os principais episódios dos dias finais do Governo de Allende, e a tentativa de evitar que as informações do Projeto Cybersyn, sobretudo aquelas relativas às pessoas envolvidas no projeto, chegassem às mãos do regime de exceção que inaugurava um período sangrento na história chilena. A novela se desenrola da perspectiva de um jovem designer alemão, que havia sido convidado para participar do Projeto. A novela também reproduz vários dos clichês e excentricidades que rondavam a figura de Stafford Beer e que ajudaram a construir sua fama. Como toda boa novela, a estória também é entremeada por intriga, traição, idealismo e um amor impossível. Para mim, foi particularmente interessante ler a novela pelo fato de conhecer pessoalmente algumas pessoas (as personagens reais da história) que estiveram direta e intensamente envolvidas no Projeto Cybersyn. "Descobri-las" na novela, através das personagens criadas pelo autor, foi um exercício estimulante. É de se lamentar porém, que até o momento o livro tenha sido publicado somente em alemão, o que certamente reduz o número de leitores.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzjNLeURSPZr9RknQwf2fMo1b2Ph3aGS_9iImNH-DQ_pTRjI7OC4V_30XV5DjLztXhYNQgGLXzswVAdUdkOSDCKCyqW12qDSlAv4_rRxLRRumGajxpNJXyJaXrUX4YMt02U2Kk/s1600/eden+medina+cybernetic+revolutionaries.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzjNLeURSPZr9RknQwf2fMo1b2Ph3aGS_9iImNH-DQ_pTRjI7OC4V_30XV5DjLztXhYNQgGLXzswVAdUdkOSDCKCyqW12qDSlAv4_rRxLRRumGajxpNJXyJaXrUX4YMt02U2Kk/s320/eden+medina+cybernetic+revolutionaries.jpg" width="248" /></a>Para aquelas pessoas interessadas na história do Projeto Cybersyn, recomendo vivamente o belíssimo livro "Cybernetic Revolutionaries" de Eden Medina. A capa, reproduzida ao lado, mostra a famosa e icônica "sala de operações" (Operations Room) - que não chegou a funcionar propriamente da maneira como havia sido originalmente concebida - do Projeto Cybersyn, em que se pretendia poder mostrar em tempo real o desempenho da economia chilena. Como pode ser lido no livro, a sabotagem internacional a qual foi submetido o governo de Allende, criou enormes dificuldades para que isso se concretizasse. Vale lembrar que estamos falando do início dos anos 1970, quando nem se falava em internet - pelo menos não no meio civil - e que os instrumentos de que se dispunha para comunicação "online" (se é que se poderia falar nesses termos) são as hoje já desconhecidas máquinas de telex. Particularmente interessante é o capítulo sobre a grande greve (de caminhoneiros) de outubro de 1972, que só não colocou de joelhos o governo de Allende, por conta do exitoso uso da cibernética para lidar com uma crise. Como curiosidade, uma das principais pessoas envolvidas no design da "Opsroom" (como a sala de operações era conhecida no âmbito do Projeto) vive hoje em dia em Florianópolis.<br />
<br />
E para aqueles interessados no relato sobre o Projeto Cybersyn do próprio criador do Modelo do Sistema Viável (Viable System Model, no original), o famoso ciberneticista Stafford Beer, criador da Cibernética da Administração, poderão encontrá-lo na parte quatro do livro "Brain of the Firm".<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqUUv1UsyDhP9p2J6RO1VPwi2VPUmd_fVoNMEN1jUnPp9ooZhYAmI3rtaEZkmJJP9Mwmc5J2TWZESZQBiCcJIZrx5bQaj24ewMPuWErTfl4ohJFXKkfPG-7hnfBKJanjlHA0Co/s1600/stafford+beer+brain+of+the+firm.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqUUv1UsyDhP9p2J6RO1VPwi2VPUmd_fVoNMEN1jUnPp9ooZhYAmI3rtaEZkmJJP9Mwmc5J2TWZESZQBiCcJIZrx5bQaj24ewMPuWErTfl4ohJFXKkfPG-7hnfBKJanjlHA0Co/s320/stafford+beer+brain+of+the+firm.jpg" width="214" /></a></div>
<br />Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-22119322398586759632016-04-17T16:09:00.000-07:002016-04-17T16:10:20.938-07:00World Complexity Scientific Academy<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span lang="EN-GB" style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">WCSA 7th WORLD CONFERENCE<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span lang="EN-GB" style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Rio de Janeiro, Brazil<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span lang="EN-GB" style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">5th and 6th January 2017<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span lang="EN-GB" style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">- GOVERNING TURBULENCE -<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span lang="EN-GB" style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Risk and
Opportunities in the Complexity Age<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="EN-GB" style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Scientific Steering Committee:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">André Folloni</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, President of the
Committee, Programa de Pós-Graduação em Direito – PUCPR, Brazil<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Angel Antonio Alberto</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, SFAI, Entre Rios,
Argentina<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Marcelo Amaral</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, Fluminense Federal
University, Rio de Janeiro, Brazil<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Richard M. Brandt</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, Director of Iacocca
Institute, Lehigh University, Bethelem, Pennsylvania, USA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">James Chen</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, Michigan State University, USA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Stefano Civitarese</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, G. D’Annunzio University, Chieti-Pescara, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Gerhard Chroust</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, IFSR General
Secretary, Wien, Austria<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Giampiero Di Plinio</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, G. D’Annunzio
University, Chieti-Pescara, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">János Farkas</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, Budapest University
of Technologies and Economics, Budapest, Hungary<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Emilia Ferone</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, G. D’Annunzio
University, Chieti-Pescara, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Edit Fabó</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, ELTE University,
Budapest, Hungary<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Michael C. Jackson</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, Editor in Chief
Systems Research and Behavioural Science,Wiley & Sons,New York<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Muneo Kaigo</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, University of
Tsukuba, Ibaraki, Japan<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Alexander Laszlo</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, ITBA, Buenos Aires,
Argentina<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Andrea Lombardinilo</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, G. D’Annunzio
University, Chieti-Pescara, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Giulia Mancini</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, G. D’Annunzio
University PhD and EVE Studio CEO, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Sergio Marotta</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, University Suor
Orsola Benincasa, Naples, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Riccardo Palumbo</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, G. D’Annunzio
University, Chieti-Pescara, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Andrea Pitasi</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, WCSA President<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Lidia Puigvert</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, University de
Barcelona, Spain<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Massimiliano Ruzzeddu</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, WCSA Scientific
Director, UNICUSANO, Rome, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Enrico Spacone</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, G. D’Annunzio
University, Chieti-Pescara, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Alfredo L. Spilzinger</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">, WCSA
Vicepresident and SFAI President</span><br />
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Liborio Stuppia</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9pt;">, G. D’Annunzio
University, Chieti-Pescara, Italy</span></div>
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">Dénes Tamás</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9pt;">,
Budapest Metropolitan University, Budapest, Hungary</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="EN-GB" style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Honorary Board of Advisors:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Alexander Laszlo</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, ITBA, Buenos Aires
Presidential Delegate as Board Chair<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Lucio d’Alessandro</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, Rector, University.
Suor Orsola Benincasa, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Giuseppe Acocella</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, CNEL Vice
President, Rector S. Pius V University, Rome, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Gabriel Altmann</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, University of
Bochum, Germany<b><i><o:p></o:p></i></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Marcelo Amaral</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, Fluminense Federal
University, Rio De Janiero, Brazil<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Sebastiano Bagnara</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, Sassari-Alghero
University, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Pierpaolo Donati</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, University Of
Bologna, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Sherry Ferguson</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, University Of
Ottawa, Canada<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Giancarlo Guarino</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, Federico II
University, Naples, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Klaus Krippendorf</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, Recipient of the
2011 WCSA Medal<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Ervin Laszlo</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, Club of Budapest,
Hungary, 2010 WCSA Medal<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Loet Leydesdorff</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, University of
Amsterdam, the Netherlands<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Felix Ortega</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, University Of
Salamanca, Spain<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Dario Rodriguez
Mansilla</span></i></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">,
University Diego Portales, Santiago, Chile<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Alexander Riegler</span></i></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, Free University of Brussels, Belgium<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Partners:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt;">
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMAjHerjCyTFHoyMGuzY5gx-Znwl5nYqU424gtkk2djIjgusfxSEjrddUWeJKoO1ner1gzOa3uyV83unLw4Wty7kKaPtzW0yiJI3iBhl0CljJ7_iUMhsIbw6K_13j4EuUTyPLx/s1600/World+Complexity+Congress+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="325" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMAjHerjCyTFHoyMGuzY5gx-Znwl5nYqU424gtkk2djIjgusfxSEjrddUWeJKoO1ner1gzOa3uyV83unLw4Wty7kKaPtzW0yiJI3iBhl0CljJ7_iUMhsIbw6K_13j4EuUTyPLx/s400/World+Complexity+Congress+1.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="EN-GB" style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">GOVERNING TURBULENCE<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="EN-GB" style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Risk and Opportunities in the Complexity Age<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">In the last decades, globalization has increased
greatly for all social actors in terms of opportunities of knowledge,
education, communication and financial profits. However, at the same time, the
level of uncertainty has rapidly increased, mainly due to the enormous amount
of cheap information that is available at any moment. Frequently, an overload
of information leads to risk, and it also makes it difficult to foresee
possible consequences of any decision. Therefore, in such conditions many
variables should be taken into consideration. It affects all spheres of social
life: economic, social and political; as well as every level of decision
making, from single individuals to local policy implementation, strategic
managements of big organizations both public and private, national or even
supranational. Due to the fact that complexity is common to diverse milieus,
the best strategy to deal with uncertainty is to share knowledge from different
domains beyond the disciplinarian and scientific borders. This conference
welcomes scientists from any sphere: politicians, business people, etc., to
present their researches and experiences on decision-making aimed to develop
systemic, multidisciplinary sets of notions, ideas and best practices.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="EN-GB" style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">List of keywords and key themes for ABSTRACT
SUBMISSION:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">1. The role of macro-sociology in the contemporary world<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">2. Value neutrality<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">3. System theory<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">4. System epistemology<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">5. Global challenges<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">6. Decision making and systemics<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">7. Business<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">8. Investments<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">9. Social policies<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">10. Public policies<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">11. City and urban policies<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">12. Individualism and collectivism<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">13. Social and economic development<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">14. Agenda setting<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">15. Policy modeling<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">16. Policy making<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">17. Constructionism<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">18. Constructivism<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">19. Law Studies<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">20. Governance<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">21. Political science and government studies<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">22. Shareholding, stakeholding policies and strategies<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">23. Environment, ecology<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">24. Energy policies<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="EN-GB" style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Organizational Committee<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Michele Bonazzi, University of Bologna PhD, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Sara Petroccia, G.
D’Annunzio University, Chieti-Pescara, Italy<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Antonina Rishko-Porcescu, Institute of Sociology of NAS of Ukraine PhD,
Kiev, Ukraine<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">DEADLINE AND PAYMENT<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWiUFCq7JUyJAyJOT-cF7oo-CUyTmk5dpQPxWAOulhU0mMKC1U5eOXlTGkLZ14sRueitMs9bLEC6JOd5OYiIRo0Daao3nMEheK78jR5sLsU9xJLxSMVokwnzs4LDNOtYxvcQ9z/s1600/World+Complexity+Congress+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWiUFCq7JUyJAyJOT-cF7oo-CUyTmk5dpQPxWAOulhU0mMKC1U5eOXlTGkLZ14sRueitMs9bLEC6JOd5OYiIRo0Daao3nMEheK78jR5sLsU9xJLxSMVokwnzs4LDNOtYxvcQ9z/s400/World+Complexity+Congress+2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">* </span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Abstract max 500 words. You will receive the
acceptance or rejection of your abstract within max 15 days from the deadline
of your submission.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">** </span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">No payment on site. Unpaid fees imply cancelling from
the conference program and admittance denial to the conference. For the
spectators, the fee and the dead line are unique: 100 Euros within December 10th
2016.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">*** </span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Please, remember the WCSA
membership fee is mandatory for speakers and spectators. If you arenot already
a WCA member, you have to add 100 euros for senior or 50 euros for junior to
the conference fees listed above.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="EN-GB" style="color: #0000cc; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">REGISTRATION PROCEDURE<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">All WCSA conference authors must register and pay at the follow link:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">https://www.eventbrite.it/e/biglietti-wcsa-7th-world-conference-24424516386<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">If you have any problems with registration, please
email wcsaconferences@gmail.com<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-69217891733754624442016-03-28T07:16:00.000-07:002016-03-28T09:58:46.614-07:00"A crise da água na Grande SP acabou". Mas do que estamos falando quando falamos sobre crise de água?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2-d42dLykcA-0wI8V4xxjT4rorJzMqVC6tM8geroEIzuj8183FOVIC3VhxU60Lk_LSqDqyyP_HgBBwF9vYcwDYWcv8yevdC2vlNtc2yvRjseLvtsy_wkxpwHdxWdQnd-t3wEh/s1600/Captura+de+tela+2016-03-16+11.16.32.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2-d42dLykcA-0wI8V4xxjT4rorJzMqVC6tM8geroEIzuj8183FOVIC3VhxU60Lk_LSqDqyyP_HgBBwF9vYcwDYWcv8yevdC2vlNtc2yvRjseLvtsy_wkxpwHdxWdQnd-t3wEh/s320/Captura+de+tela+2016-03-16+11.16.32.png" width="320" /></a></div>
<br />
Segundo declaração do governador do Estado de São Paulo em 7 de março, <a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/03/1747238-alckmin-diz-que-falta-dagua-em-sao-paulo-foi-superada.shtml">a crise hídrica na Grande São Paulo teria chegado ao fim</a>. Frente às chuvas abundantes dos últimas meses, que provocaram um aumento considerável no volume de água armazenado nos reservatórios que abastecem a Grande São Paulo, é de se esperar mesmo que diminuam os problemas de abastecimento e de racionamento de água.<br />
<br />
Se por crise hídrica entendermos, um tanto quanto reducionisticamente, o desabastecimento que ocorre por conta da escassez de água, não vejo grandes razões para discordar de que ela possa (temporariamente) ter terminado. Se, porém, entendermos que uma crise hídrica emerge a partir da perturbação de uma dinâmica relacional conservativa entre seres humanos e a água, tenho fortes razões para duvidar que ela tenha mesmo terminado. Pelo contrário. Vista assim, o enchimento de reservatórios não marca o fim de uma crise hídrica mas, antes, anuncia o seu início!<br />
<br />
Crises hídricas não são, portanto, sinônimas de escassez de água, mas manifestação de uma falha na governança do uso da água, que pode ser entendida como a implementação de processos (sistêmico-cibernéticos) para manter uma dada qualidade da dinâmica relacional entre seres humanos e a água. O que se costuma ver, entretanto, são práticas de governança baseadas na crença que sistemas sociais e ecológicos não são acoplados, e em pensamento linear de causa-e-efeito. A declaração do governador de SP apoia-se então no entendimento de que a disponibilidade de água no futuro nada mais será do que, deterministicamente, a simples continuação do passado - a trajetória e a dinâmica do clima não mudarão, e tampouco os volumes de precipitação.<br />
<br />
P.S.: O que foi aqui brevemente argumentado, é tratado de maneira mais extensa e geral no artigo Navigating through an 'ecological desert and a sociological hell'. A cyber-systemic governance approach for the Anthropocene. Ray Ison & Sandro Luis Schlindwein, Kybernetes, 44(6/7): 891-902, 2015.<br />
<br />
<br />Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-79239912726891654192016-03-17T04:59:00.004-07:002016-03-17T04:59:57.894-07:00Quando a crise não é uma oportunidadeÉ bastante conhecida (e batida) a afirmação de que uma crise é sempre uma oportunidade (de mudança? de melhoria?). Nessas horas costuma-se até mesmo evocar simbologias orientais para argumentar que crise e oportunidade são complementares, que são aspectos distintos de uma dualidade. É bem possível que isso seja assim em muitas situações, mas não vejo como isso poderia ser "aplicado" para a crise política que o Brasil atravessa, sobretudo depois dos acontecimentos de ontem (16 de março). Frente ao que se está vendo, que oportunidades essa crise poderia encerrar? Para mim, essa crise política é o resultado de uma tremenda falha sistêmica de todos os poderes da República, produzindo uma "mess" (para lembrar <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Russell_L._Ackoff">Ackoff</a>) sem igual. Estamos vendo a ação de poderosos ciclos de reforço (feedbacks de reforço) sem que ao mesmo tempo possamos ver, pela ação institucional (do Poder Judiciário, por exemplo), a ação de ciclos de equilíbrio (feedbacks de balanço). Estamos tipicamente diante de uma situação do tipo "bola de neve", e como tal de consequências imprevisíveis. Essa crise também ilustra que o truísmo segundo o qual a política seria a arte do possível, esgotou-se, até porque o possível, da maneira como a nossa classe política o concebe, já não é mais suficiente para resolvê-la. A política precisa transformar-se na arte do impossível, que consiste em tornar possível o aparentemente impossível, como bem disse Ackoff!<br />
<br />Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-55699014030018566132016-03-15T18:52:00.000-07:002016-03-15T18:55:06.645-07:00Quando o todo é diferente que a soma da partesEm tempos em que prevalecem visões simplistas e simplificadoras da realidade, o excelente artigo de Eliane Brum "<a href="http://brasil.elpais.com/brasil/2016/03/14/opinion/1457966204_346156.html">Na política, mesmo os crentes precisam ser ateus</a>", publicado no El País, discute sistemicamente o momento político que vivemos no Brasil.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbzzDtRtTwmcbQEW2hubKFcsCCHksTJUJq48lDkBe3b_yYrZq3XzHV2kDFMoLqiiFOnhIBb4oteBBLn32Cn6FiuBqsTHgYoHkjg7NaK8xoDQGtH6ljQzaUjqvd4jfAWMlFnvFa/s1600/Eliane+Brum.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbzzDtRtTwmcbQEW2hubKFcsCCHksTJUJq48lDkBe3b_yYrZq3XzHV2kDFMoLqiiFOnhIBb4oteBBLn32Cn6FiuBqsTHgYoHkjg7NaK8xoDQGtH6ljQzaUjqvd4jfAWMlFnvFa/s400/Eliane+Brum.png" width="400" /></a></div>
<br />
<br />Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-79714051598882840642016-03-07T09:37:00.003-08:002016-03-15T19:15:46.760-07:00FALHAS SISTÊMICAS: porque precisamos aprender a pensar - e agir - diferenteEm seu famoso livro <i>Risikogesellschaft - Auf dem Weg in eine andere Moderne</i> (<a href="http://www.livrariacultura.com.br/p/sociedade-de-risco-rumo-a-uma-outra-modernidade-22165143">Sociedade de Risco - rumo a uma outra modernidade</a>), <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ulrich_Beck">Ulrich Beck</a> discute a ideia de que na Modernidade a produção de riqueza é acompanhada da produção social de riscos, de toda sorte e natureza, como os riscos químicos e nucleares, além, é claro, dos riscos ecológicos, entre muitos outros. Esses riscos são produzidos tecno-cientificamente e levam ao que Beck chama de <i>modernização reflexiva</i>: como resultado dos problemas do desenvolvimento técnico-econômico, o processo de modernização torna-se "reflexivo", tornando-se ele mesmo tema e problema (p. 26, da edição original). Ou seja, o processo de modernização volta-se a si mesmo. Apoiando-se em <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Niklas_Luhmann">Niklas Luhmann</a>, sociólogo e teórico de sistemas, Beck afirma que com os riscos a economia torna-se "auto-referencial" (normalmente evitadas pela ciência ocidental, racional e objetiva, amparada na lógica clássica, ortodoxa, questões de auto-referencialidade renovaram o pensamento sistêmico-cibernético, e deram origem à cibernética de segunda-ordem, ou a cibernética da cibernética, a cibernética dos sistemas observantes!): a sociedade industrial produz com o canibalismo econômico dos riscos por ela liberados a situação de perigo e o potencial político da sociedade de risco (p. 30, da edição original). Como diz Beck, na Sociedade de Risco ocorre uma mudança da lógica da distribuição da riqueza [!] para a lógica da distribuição (global) de risco, e a questão que se coloca é como lidar de maneira sistemática (e sistêmica!) com os riscos e incertezas produzidas pela própria Modernização. O desafio para a sociedade de risco é, portanto, como se organizar para responder aos riscos que ela mesmo produz.<br />
<br />
Portanto, na Sociedade de Risco, multiplicam-se os desastres de causas humanas, associados aos avanços da ciência e da tecnologia. E é aqui que se inscreve o desastre de Mariana,<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS5PBl6Zf4obrRmUX2_NF3OYULckSU3Y1GnkXMdYLFqzN9VWU1693lU2dsrHezsTvSEwbXFN23IhGm1grnl6iMMwBn21sg2lyvfyG1E13PGvKn_CdFmF4dS2yuLSorCFPwh7vO/s1600/desastre_mariana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS5PBl6Zf4obrRmUX2_NF3OYULckSU3Y1GnkXMdYLFqzN9VWU1693lU2dsrHezsTvSEwbXFN23IhGm1grnl6iMMwBn21sg2lyvfyG1E13PGvKn_CdFmF4dS2yuLSorCFPwh7vO/s320/desastre_mariana.jpg" /></a></div>
Bento Rodrigues, distrito de Mariana, em estado de terra arrasada após o estouro da barragem (foto: Juarez Rodrigues - 06/11/2015)<br />
<br />
Desde novembro de 2015 somos assombrados quase que diariamente com as terríveis notícias do desastre de Mariana. O rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração da mineradora Samarco, resultou no maior desastre ambiental do Brasil, e cujo mar de lama deixou em seu rastro não somente destruição, mas também 17 mortos e 2 desaparecidos. Sem contar as consequências de longo prazo, que sequer podem ser vislumbradas em toda sua magnitude e extensão. Mas por que o desastre aconteceu? Foi por pura negligência e irresponsabilidade? Erro técnico no dimensionamento e operação da lagoa de rejeitos? Até mesmo um abalo sísmico (leve) foi cogitado como possível causa (já descartada). Recentemente, a <a href="http://g1.globo.com/minas-gerais/desastre-ambiental-em-mariana/noticia/2016/02/excesso-de-agua-em-barragem-provocou-rompimento-diz-policia-civil.html">Polícia Civil</a> afirmou que a causa do rompimento da barragem de Fundão teria sido "liquefação" (excesso de água), além de vários outros problemas existentes na barragem. Isso indica que a causa para o desastre possivelmente seja o resultado de uma combinação de tudo isso, além de outras causas mais. Em outras palavras, o desastre foi resultado de uma <i>falha sistêmica</i>. Este é um tipo de falha que acontece a partir de um conjunto de componentes ou atividades inter-relacionadas em um sistema de interesse, e como tal sua ocorrência não poderia ser explicada a partir de falhas em partes individuais desse sistema. Isso explicaria também o caráter imprevisível e inesperado da ocorrência da falha, e a surpresa que a acompanha. Infelizmente, falhas sistêmicas não são eventos raros, assim como não são raros os desastres de grandes proporções que costumam provocar e são, infelizmente, a manifestação mais visível e trágica da incapacidade de pensar e agir sistemicamente. É preciso, porém, fazer uma advertência: mesmo admitindo a plausibilidade da ocorrência de uma falha sistêmica, essa explicação não pode ser usada para revogar as responsabilidades de quem quer que seja, e por isso é preciso que venha acompanhada de uma investigação das circunstâncias que a tornaram possível. Do contrário, não passará de mais um argumento – e de uma prática – diversionista. Na Sociedade de Risco, desastres não podem ser vistos como fatalidades, já que ela mesma resulta da incapacidade de pensar - e agir - sistemicamente. (Continua...)Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-56494460590713831582016-03-04T09:47:00.001-08:002016-03-04T09:50:56.926-08:00XI Congresso da Sociedade Brasileira de Sistemas de Produção<div style="background-color: white;">
<div style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, sans-serif; font-size: 13.3333px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhp4O-01Px_yN1JqMPI7vbawBNa_AQiNuc1Av9mOfOZvey4vcB_ktInGT-OvOZI964xhWePTkWQ8YzDwPXMjWjIOw2z22QDvXdABaQ8dRXNjP9k4JL48JAXso-rf4AbOahfpt6/s400/Captura+de+tela+2016-03-04+11.40.38.png" width="400" /></div>
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "geneva" , sans-serif;"><span style="font-size: 13.3333px;">De 6 a 8 de julho deste ano será realizado na cidade de Pelotas (RS), o XI Congresso da Sociedade Brasileira de Sistemas de Produção (XI CSBSP). O evento está sob a coordenação da Embrapa Clima Temperado em parceria com as Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), Instituto Federal Farroupilha e Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. O tema do Congresso é </span></span><strong style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, sans-serif; font-size: 13.3333px;">“Abordagem sistêmica e sustentabilidade: produção agropecuária, consumo e saúde”</strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "geneva" , sans-serif;"><span style="font-size: 13.3333px;"> e o trabalhos poderão ser enviados até às 24h do dia 04 de abril. </span></span><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "geneva" , sans-serif; font-size: 13.3333px;">Maiores informações sobre a Sociedade Brasileira de Sistemas de Produção e sobre o congresso poderão ser encontradas em </span><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "geneva" , sans-serif;"><span style="font-size: 13.3333px;"><a href="http://www.sbsp.org.br/XIcongresso/">http://www.sbsp.org.br/XIcongresso/</a></span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.3333px;">
<br />
Na última edição (vol. 32, número 2) da <a href="http://www.ifsr.org/index.php/publications/ifsr-newsletters/">Newsletter</a> da <a href="http://www.ifsr.org/">International Federation for Systems Research</a>, também foi publicada uma nota sobre a Sociedade Brasileira de Sistemas de Produção e o sobre o Congresso.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1kYbZSI-pELArLeQ6-HzXQfXwk9UdmZPv46xOp6uRyNvrOyYe5FoSQjnUCYCC5hw0w8F4jLZ2GFYlZCCYkzcYG19cJ5KvcLMl3-GdUGM4GwUK8C6ibl42KWzoTGZLn0ru504g/s1600/IFSR+Newsletter+extrato.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1kYbZSI-pELArLeQ6-HzXQfXwk9UdmZPv46xOp6uRyNvrOyYe5FoSQjnUCYCC5hw0w8F4jLZ2GFYlZCCYkzcYG19cJ5KvcLMl3-GdUGM4GwUK8C6ibl42KWzoTGZLn0ru504g/s640/IFSR+Newsletter+extrato.jpg" width="360" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<br /></div>
Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-49553024931889123212016-02-26T08:19:00.000-08:002016-02-28T15:09:38.939-08:00O Antropoceno chegou?<div style="text-align: justify;">
Reproduzo, a seguir, a resenha que fiz no ano passado do livro de Jürgen Manemann "Kritik des Anthropozäns. Plädoyer für eine neue Humanökologie" (algo como "Crítica do Antropoceno. Manifesto Para Uma Nova Ecologia Humana"), a pedido do <a href="http://rayison.blogspot.com/">Prof. Ray Ison</a>, e que foi publicado no site/blog <a href="http://www.open.ac.uk/blogs/govan/?page_id=139">Governing the Anthropocene Systemic Inquiry<b><i></i></b></a>:
<b>Jürgen Manemann. Kritik des Anthropozäns. Plädoyer für eine neue Humanökologie. Bielefeld: Transcript Verlag, 2014. 144p. EUR 16,99</b>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKgz8FUe3xRWNczNM9RPQtUhgcHHGIKacdnns-4qL9TaOk5z1nb9kOYd-iLdbVfifEVotNZtafJJptcYFo_F34Nb9hBu03fdxufT9nPPpfQJN-C3rBHw1Zx98__G_63AIYoIPI/s1600/Manemann+Kritik+des+Anthropoz%25C3%25A4ns.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKgz8FUe3xRWNczNM9RPQtUhgcHHGIKacdnns-4qL9TaOk5z1nb9kOYd-iLdbVfifEVotNZtafJJptcYFo_F34Nb9hBu03fdxufT9nPPpfQJN-C3rBHw1Zx98__G_63AIYoIPI/s320/Manemann+Kritik+des+Anthropoz%25C3%25A4ns.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Since Nobel Prize Laureate Paul Crutzen’s short article on the “Geology of Mankind” first appeared in Nature (Nature 415: 23, 2002), not only has the idea that we are living under a “human-dominated” geological epoch – the Anthropocene –been made public to a wide audience, but it has also triggered a lively discussion about the extent and the implications of considering mankind as a major geological (and environmental) force, particularly from the perspective of a possible climate catastrophe in the near future. Although this framing of an emerging geological epoch and its possible negative outlook for mankind has raised a lot of anxiety, ‘ecomodernists’ are welcoming this new epoch, claiming that it is a sign that humans have the ability to transform and control nature [sic]. This claim seems to be based on the old belief in quick techno-centric fixes for all sorts of problems, including, now, planetary environmental disturbances. ‘Ecomodernists’ even believe that through a radical decoupling of humans from nature a “good Anthropocene” is possible. But does it make sense to speculate about a “good Anthropocene” with such thermodynamically alien and naïve assumptions? What is at stake in the competing views on how to govern in the Anthropocene?
The philosophical essay Kritik des Anthropozäns by Professor Jürgen Manemann – he is the director of the Research Institute for Philosophy Hannover, in Germany – addresses the Anthropocene framing from a different perspective. His essay is intended not only to introduce the reader to the debate about this unofficial geological epoch but to show what’s behind this idea, its dangers as well as to present an alternative to the dominant technological and scientific perspective when it comes to deal with the consequences. Professor Manemann pleads for a new human ecology, aiming to transform our current civil society into a “culture society”, a society that enables people to live a humane life.
By looking in more detail at the many issues Professor Manemann addresses in his ten chapters-long essay, it is worth mentioning his discussion about our catastrophe blindness or how the development of a catastrophe sensibility could help us to drive our actions towards global regeneration. Also worth mentioning, is his discussion about the necessity of getting rid of the sustainability paradigm to replace it by a resilience paradigm (discussed from a psychological and pedagogic perspective) if we intend to shift our concerns from global to universal problems. His alternative to the dominant discourse is the main subject of Chapter Ten “On the way to a new human ecology”. In pledging for his alternative, Professor Manemann makes a strong criticism of the “anthropocenists” (in German “die Anthropozäniker”) who take refuge in trans or post-humanist visions of a new human being in which the abolishment of humane humans is imagined. To counter what he sees as a progressive “hominization” Manemann opposes the “humanization” of his new human ecology.
Professor Manemann claims also that his proposal of a new human ecology is holistic because it takes into account not only environmental destruction, but also the destruction of socio-cultural environments. However, it seems he wishes to distance himself from the sort of systems analysis present in current human ecology approaches, because for him despite their interdisciplinary character they are concerned mainly with the adaptation capacity of humans to their environments; they see humans merely as part of their biophysical environment. On the other hand in the new human ecology, “das Humanum” is emphatically in the foreground. Honestly, I can’t see in Manemann’s argumentation any substantial reason to dismiss the adoption of cyber-systemic approaches in the way he describes they have been adopted in human ecology. Or, in other words, I can’t see why by putting simply “das Humanum” in the foreground would be a sufficient reason to claim his approach is (more?) holistic. Out of his pledging for a “culture society” emerges also a strong ethical dimension, made apparent through his discussion of the moral status of animals and how this unfolds into imperative action directives. Manemann’s ethical stance is, however, strongly influenced or driven by religion-anchored beliefs and values like mercifulness and compassion, not to mention his recurrent references to religion given the importance he ascribes to it as part of culture and to allow an appreciation of contingency. But his stance is understandable considering the religious commitments of the Research Institute he leads.
Regardless of the controversy or the dispute among differing views of this “age of us” – the Anthropocene – what seems to be at stake is if this framing of a geological epoch dominated by human influence can trigger new ways of thinking and acting regarding the governance of the relationship humans-nature. Therefore, instead of thinking of a radical decoupling of humans from Nature, which is a thermodynamic impossibility, why not think in terms of a radical re-integration of human civilization into the fabric of life, inspired in approaches like the new human ecology Manemann is pledging for? His essay is to be recommended both for those who normally are concerned only with the most relevant scientific aspects of the debate, and foremost for all those who are concerned with its human dimension and with what it means to be human in this new geological epoch. Further, Manemann’s essay might shed some light in a world still obsessed with economic growth and technological progress, helping us to avoid the traps of techno-centric solutions as a strategy for governing in the Anthropocene. Therefore, it is a pity that at the moment the book can be found only in German, limiting thereby the access to a wider readership.
Sandro Luis Schlindwein
Federal University of Santa Catarina – Brazil
August 2015</div>
Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-64262942648959949132011-08-03T20:06:00.000-07:002011-08-03T20:24:09.232-07:00Paul Cilliers (1956-2011)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQDeq5_W_FGGebxVRSBhvsFMrW4Aga6K8NWkmhGcyPdEHww52iNMYheQUgEywJU0lpNZNwh2kel1K0IPjXAZz77tX-cnnoffbnKH76fSiCALAO3yO_h9iIuBnU0gVOvqjptamI/s1600/Paul-Cilliers-200x300.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQDeq5_W_FGGebxVRSBhvsFMrW4Aga6K8NWkmhGcyPdEHww52iNMYheQUgEywJU0lpNZNwh2kel1K0IPjXAZz77tX-cnnoffbnKH76fSiCALAO3yO_h9iIuBnU0gVOvqjptamI/s320/Paul-Cilliers-200x300.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5636833186834384402" /></a><br />Recebi na terça-feira a triste notícia do falecimento de Paul Cillier:<br /> <br />"It is with great sadness that we inform you that our friend and colleague, Paul Cilliers, passed away suddenly on Sunday July 31st, 2011. Paul suffered a massive brain haemorrhage in his apartment in Mouille Point and died two hours later in the Chris Barnard Hospital in Cape Town. The sudden and untimely death of Paul comes as an enormous shock and loss to his colleagues, family and friends." Jan-Hendrik Hofmeyr - Co-Director: Centre for Studies in Complexity and Professor in Biochemistry and Rika Preiser Research Assistant: Centre for Studies in Complexity.<br /><br />Paul era Professor do Departamento de Filosofia da Universidade de Stellenbosch, África do Sul. Conheci Paul durante um workshop sobre complexidade no Rio de Janeiro, em 2004 (ou 2005?), quando conversamos bastante sobre seu famoso livro "Complexity & Postmodernism. Understanding Complex Systems", que eu então havia lido recentemente. Ao autografar o meu exemplar do livro, Paul escreveu: "<em>To Sandro. Our friendship may(?) things be complex enough!</em>". Além da oportunidade de convivermos durante aquele workshop sobre Complexidade e Epistemologia, tomamos várias caipirinhas nos bares da Lapa, onde Paul também se aventurou a dançar samba!Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-55933954698117189892011-01-04T10:11:00.000-08:002011-01-04T10:13:17.065-08:00Olimpíadas 2016 no Rio de Janeiro: uma logomarca sistêmica?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgug0J7LQhzBigW-9omC2sQ9p9ydLB9q6iuXxbs15z4-Qyyfhsf_4BF84MHFE1TtirRzRo84A4QVZIXXFsM5hT9ulLHEECwxBEkP6HScyzCr4qRhp_Tb8pRqjI7cvPR4rFUYUfV/s1600/Rio2016_logomarca_1_Reproducao_292.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 257px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgug0J7LQhzBigW-9omC2sQ9p9ydLB9q6iuXxbs15z4-Qyyfhsf_4BF84MHFE1TtirRzRo84A4QVZIXXFsM5hT9ulLHEECwxBEkP6HScyzCr4qRhp_Tb8pRqjI7cvPR4rFUYUfV/s320/Rio2016_logomarca_1_Reproducao_292.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5558395445315795842" /></a>Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-15662187215049774032010-12-12T18:45:00.000-08:002010-12-12T19:04:59.922-08:00O que é infraestrutura?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSrBoUhi6rc4W-W8zz_D3fZHrI4Lq6F5DZwo_EWFC1y_1AZN7Eqs3Jo81WDtIzNl1r5vlQBQsBYQ-lR326Gez3uN25QnuGTG9qkinI9nV0x-WkqCc-2Uv7lgGuvsQzqYAmabO2/s1600/blindtochange.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 161px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSrBoUhi6rc4W-W8zz_D3fZHrI4Lq6F5DZwo_EWFC1y_1AZN7Eqs3Jo81WDtIzNl1r5vlQBQsBYQ-lR326Gez3uN25QnuGTG9qkinI9nV0x-WkqCc-2Uv7lgGuvsQzqYAmabO2/s320/blindtochange.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5549994488092239506" /></a><br />Um dos editoriais da edição de hoje (12/12/2010) da Folha de São Paulo (FSP) trata da "maquiagem" do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Mais uma vez bate-se na tecla de que as despesas governamentais com custeio tem que ser "controladas" (um eufemismo para "diminuidas"), sob pena de comprometer os investimentos em infraestrutura. Mas o que é infraestrutura? Atendimento adequado em segurança, saúde e educação não seria infraestrutura? Como fazer isso "controlando" despesas de custeio? No governo federal, o maior aumento das despesas de custeio foi gasto com educação! Mas não é exatamente a educação que se quer promover no País? Tanto quanto interesses escusos, o editorial também revela a cegueira produzida por certos modelos mentais.Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-74641773402430731802010-08-29T19:31:00.000-07:002010-08-29T19:51:27.930-07:00"Einstein, Bohr e a realidade"Este é o título de hoje, domingo, 29 de agosto, de Marcelo Gleiser em sua coluna na Folha de São Paulo. Ao ler a coluna fica claro como que para um físico "ortodoxo" é mesmo difícil se livrar de certos modelos mentais. Talvez isso explique o curioso "subtítulo" da coluna: "O determinismo da física clássica, a do cotidiano [sic], é só uma aproximação da realidade mais incerta". Não pretendo me estender aqui, mas por acaso a mecânica quântica não faz parte do cotidiano? E haveria uma realidade menos incerta? O que é a realidade? É realmente curioso, e interessante, como quase sempre somos "reféns" dos modelos mentais que esposamos, no caso, da separação homem-natureza. O professor Marcelo diz logo no início de sua coluna de que haveria um limite para o conhecimento que podemos adquirir sobre o mundo, não como consequência dos nossos cérebros ou das ferramentas que usamos para estudar a realidade física, mas porque faria parte da própria natureza. Mas os seres humanos e os seus cérebros por acaso não fazem parte da natureza? Apesar do professor Marcelo caracterizar em seu artigo tanto a posição da física clássica quanto da mecânica quântica, não deixa de revelar sua preferência (ou seria crença?) quando para argumentar porque a "disputa" continua em aberto, afirma que a mecânica quântica exibe propriedades bizarras, e efeitos não locais. Ora, esses fenômenos são bizarros somente para quem adota a posição da física clássica! Nunca é demais lembrar Humberto Maturana, e tantos outros ciberneticistas de segunda-ordem, para quem "<em>tudo o que é dito, é dito por um observador</em>".Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-88626078847581284742010-07-11T16:39:00.000-07:002010-07-11T16:55:31.191-07:00A sociedade não é um somatório<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhowBAZQ61Z4Nk4sANES2aaYnfR1B1y2bAUS58nm3TDrCpw3macShaEenLF80oHKIKH2bEuzNqldJ_NXDOnxQwCmdLoxKN2KWbdJE6AcokyI86n5jmI3GxLSjYlEyqvLoBE1To3/s1600/redwood_trees1.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 234px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhowBAZQ61Z4Nk4sANES2aaYnfR1B1y2bAUS58nm3TDrCpw3macShaEenLF80oHKIKH2bEuzNqldJ_NXDOnxQwCmdLoxKN2KWbdJE6AcokyI86n5jmI3GxLSjYlEyqvLoBE1To3/s320/redwood_trees1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5492801555903908338" /></a><br />na edição deste domingo, dia 11 de julho, da Folha de São Paulo, foi publicado no Caderno B um artigo do Sr. Fábio Colletti Barbosa intitulado "Hora da Reforma de Valores". Já quase no final do seu artigo pode-se ler que "uma sociedade nada mais é do que o somatório das atitudes de cada um de nós, de cada uma de nossas empresas". Mas desde Aristóteles se sabe que "o todo é mais do que a soma das partes" e, portanto, a sociedade não resulta de um somatório seja lá do que for, ou de que aspecto se queira considerar. Ou seja, não se pode reduzir a sociedade ao somatório de seus indivíduos. [continua]. Portanto, para além de uma "reforma de valores", precisamos aprender a pensar e agir de maneira diferente, precisamos aprender a pensar e agir de maneira sistêmica, onde "o todo é diferente que a soma de suas partes".Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-7548820616788898712010-07-07T07:13:00.000-07:002010-07-07T08:39:36.771-07:00Em tempos de Copa do Mundo...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsCUjJj2cJwEGfv3S1FqeccNU9zbjpwdnYMoygj9nu6XOJxx3v_Hbqo1fs_OajB0ii7hyphenhyphenst-BURz4mP4bU4abXtTIWzHvq4lSVLMWpGyIsVKiQSLyCgE0jW0n0keENCSI2gC_I/s1600/Simon_fussball_2.gif"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 241px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsCUjJj2cJwEGfv3S1FqeccNU9zbjpwdnYMoygj9nu6XOJxx3v_Hbqo1fs_OajB0ii7hyphenhyphenst-BURz4mP4bU4abXtTIWzHvq4lSVLMWpGyIsVKiQSLyCgE0jW0n0keENCSI2gC_I/s320/Simon_fussball_2.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5491188535342577522" /></a><br />Futebol tem alguma coisa a ver com pensamento sistêmico? Para Fritz Simon e outros autores, tem sim. Simon é o editor do livro "Antes do jogo é depois do jogo. Aspectos sistêmicos do futebol", em que o futebol é tratado de uma perspectiva sistêmica e sociológica. O livro de 197 páginas custa 19,95 euros mas está disponível somente em alemão.Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-57801758187868589352010-06-20T06:21:00.000-07:002010-06-20T06:23:22.486-07:00Aforisma do dia"<em>Na vida do dia-a-dia, a mentira e a polidez são formas de bondade</em>". Albert Camus.Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-49664171003866746232010-06-20T06:12:00.000-07:002010-06-20T09:34:30.564-07:00Sobre CamusAcabo de concluir a leitura da monumental biografia (877 páginas, mas seguramente não por isso!) de Albert Camus, escrita por Olivier Todd. Camus chamava de verdade "tudo o que continua" e, por isso, podemos dizer que sua obra é verdadeira, porque continua atual e permanecerá assim para várias gerações de leitores. Porque verdadeiro foi o homem Camus.Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-85807347850853537262010-06-20T06:02:00.000-07:002010-06-20T06:11:11.249-07:00VI Congresso Brasileiro de SistemasDepois de uma longa ausência e de um longo silêncio, retorno para anunciar que está no ar o sítio do VI Congresso Brasileiro de Sistemas, que neste ano será realizado na cidade de Foz do Iguaçú, nos dias 28 e 29 de outubro. Maiores informações a respeito do Congresso poderão ser obtidas diretamente no sítio, cuja URL é <a href="http://cbs2010.unioeste.br/default.htm">http://cbs2010.unioeste.br/default.htm.</a>Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-53143034288334698312009-09-29T19:28:00.000-07:002009-09-29T19:34:04.855-07:00V Congresso Brasileiro de SistemasO <strong><span style="color:#000099;">V Congresso Brasileiro de Sistemas</span></strong> será realizado nos dias 26 e 27 de novembro, em Aracaju (SE). Neste ano o Congresso terá como temática a "<span style="color:#000099;"><em>Aplicação do Pensamento Sistêmico no Ensino, na Pesquisa e na Extensão</em></span>". A palestra de abertura será realizada pelo renomado Prof. Richard Bawden, Visiting Distinguished Professor da Michigan State University e Professor Visitante da Open University, UK. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço <a href="http://www.vcbs.ufs.br/">http://www.vcbs.ufs.br</a>Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-32633119210373880872009-07-29T11:15:00.000-07:002009-07-29T12:17:03.045-07:00Quando "feedback" não é feedback...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbMuFGQcik7Jt_G8Gt1kLOHnue3G4cc6x1RFTT45lnaJEIbk5rgQglhdyQVZ-g2QEf3ZDiqYmj4_2Ky0VwIn72qg4GlF-9fdmXY9WFPkWO36B_OWh4_72AjKJXQNW7nPH2DH0r/s1600-h/Sterman_feedback.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5363963182874444242" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbMuFGQcik7Jt_G8Gt1kLOHnue3G4cc6x1RFTT45lnaJEIbk5rgQglhdyQVZ-g2QEf3ZDiqYmj4_2Ky0VwIn72qg4GlF-9fdmXY9WFPkWO36B_OWh4_72AjKJXQNW7nPH2DH0r/s320/Sterman_feedback.jpg" border="0" /></a> A palavra <strong><em>feedback,</em></strong> muitas vezes traduzida como retro-alimentação, é bastante conhecida e de uso bastante generalizado. É até mesmo bastante comum ouvir alguém pedindo "feedback" para algo que falou ou escreveu (em uma conferência, por exemplo), quando então é sinônima, quase sempre, de crítica. No entanto, como aponta John D. Sterman em seu livro <a href="http://www.amazon.com/Business-Dynamics-Systems-Thinking-Modeling/dp/0071179895/ref=sr_1_1?ie=UTF8&s=books&qid=1248894046&sr=1-1"><em>Business Dynamics. Systems thinking and modeling for a complex world</em></a>, não é este o significado de feedback em dinâmica de sistemas. Feedback é um processo que opera em um sistema (continua...)<br /><div></div>Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-50442102206589082562009-03-23T18:09:00.000-07:002009-03-23T18:12:23.713-07:0023 de março: Florianópolis "completa" 283 anos. Sempre mais do mesmo?O futuro não é dado, mas aberto, e não é a simples continuação do presente. Em relação à cidade de Florianópolis porém, não parece que este entendimento seja muito presente (continua...)Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-46738078595470429912009-02-17T16:22:00.000-08:002009-02-17T16:28:00.359-08:00VIVER E PUBLICARSubmeti o texto abaixo para publicação no Boletim Informativo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Eu explico: na última edição do Boletim em 2008, vários sócios da citada Sociedade escreveram artigos a respeito da questão "publicar ou perecer". Como também sou, por força do ofício, sócio desta Sociedade, achei que também poderia manifestar minha opinião (distinta) a respeito...<br /><br />“Eu afirmo que o único objetivo da ciência é aliviar a miséria da existência humana”. (Bertold Brecht).<br /><br />Com sua famosa peça <em>Leben des Galilei</em> (Vida de Galileu), da qual foi extraída a frase para a epígrafe deste texto, Bertold Brecht queria chamar a atenção para a responsabilidade social da ciência e dos cientistas. A peça de Brecht nos convida a pensar, portanto, no objetivo da ciência, e qual é o papel que nós, cientistas, temos na sua demarcação. Porém, ainda que se possa pensar em objetivos diversos, para épocas e lugares distintos, ouvi de um Professor (que publica bastante e que usufrui das benesses do “sistema de recompensa científica vigente no País”) que “o objetivo da ciência é publicar”. O “publicismo” produziu, assim, um reducionismo de fins na Ciência. Afinal de contas, entre publicar e perecer, fica-se com a primeira opção. Trata-se, antes de tudo, de se salvar a própria pele! Mas moral e eticamente é aceitável pensar que o objetivo da ciência seria publicar, ou de que a publicação seria uma forma de “prestar contas à sociedade” pelos investimentos públicos em pesquisa? Ou ainda, de que um “sistema de recompensa científica” devesse ser baseado em publicações? A propósito, precisamos de um “sistema de recompensa”? Para que?<br /><br />Com efeito, se o nosso compromisso for mesmo o de não nos submetermos indiscriminadamente à pressão para publicar, é preciso enfrentá-la apontando como superá-la, sob pena de jogarmos o bebê fora com a água do banho. Assim, por exemplo, é preciso apontar as origens e implicações de um “sistema de recompensa” baseado em pressão para publicar, quem o engendra e o mantém, quem dele se beneficia, etc. Para mim, estas questões não foram abordadas suficientemente nos artigos sobre “publique ou pereça” na última edição do Boletim Informativo. A própria razão para o Boletim tratar deste assunto é, de certa forma, oculta, não explícita. Senão vejamos. Por que este assunto poderia interessar aos sócios da SBCS para ser abordado em seu Boletim? Certamente não há uma única razão, mas é certo que a pressão para publicar tem causado um descontentamento generalizado que não está relacionado exclusivamente às exigências em si de produtividade científica “impostas” pelas agências de fomento à pesquisa e formação de recursos humanos no País, mas muito mais às limitadas possibilidades para alcançar os níveis exigidos e às razões para sua existência.<br /><br />O descontentamento não resulta, portanto, da exigência de produtividade, já que não se trata de refutar a importância e a necessidade de publicar. Publicar faz parte da atividade científica. Ocorre, porém, que subjacente ao “sistema de recompensa” baseado na produtividade científica opera um vigoroso feedback de reforço: em termos gerais, pode-se dizer que quem publica mais recebe mais recursos para pesquisa, que por sua vez possibilita aumentar o número de publicações, num ciclo de reforço contínuo. Como resultado, os volumes mais expressivos de recursos para a pesquisa tendem a se concentrar cada vez mais (por região, por instituição, por pesquisador). Em outras palavras, quem já tem muito financiamento para pesquisa recebe cada vez mais recursos (individual e institucionalmente), restando aos demais, a disputa pelas migalhas, dificultando o acesso às benesses do “sistema de recompensa”. Daí o descontentamento.<br /><br />Além disso, se é verdade que o aumento vertiginoso do número de publicações científicas (número de periódicos e número de artigos científicos) não resulta somente da pressão para publicar mais, mas resulta também da própria expansão da pesquisa científica como atividade humana no mundo todo, o “publicismo” reforça ainda mais esse crescimento. Vivemos hoje a era da indústria científica, e a pressão para publicar produziu o que denomino de fordismo científico. Agora, artigos científicos são produzidos em massa (basta verificar o crescimento da RBCS!), como em uma linha de montagem: do estudante de iniciação científica ao pós-doc, todos juntando partes para o mesmo resultado final - o artigo científico. É curioso observar que, neste processo, a lógica da produtividade é a lógica da repetição, e não da criação, da novidade. Como resultado, temos cada vez mais cientistas e menos Ciência, sem que aqueles estejam, inclusive, muito cientes disso.<br /><br />Por conta disso e como em um processo industrial, o que se produz em grande quantidade também precisa ser avaliado quanto à sua qualidade. Todavia, o argumento falacioso mais recente, é de que o número de citações de um artigo ou de um periódico, medidos pelo Fator de Impacto (FI), seria uma medida de qualidade do que se publica. O pressuposto implícito aí é de que quanto melhor o artigo (ou o periódico), mais ele seria citado. Por várias razões esse argumento não se sustenta. Assim como a Ciência é sempre contextual, ela também é produto do seu tempo. Ou seja, para além da qualidade ou não, um artigo que aborda um assunto “da moda” (e que recebe, por isso, mais financiamento), tende a ser mais citado. Talvez como exemplo extremo desta situação, possa-se lembrar o artigo fraudulento sobre células-tronco publicado na Science por um cientista sul-coreano. Imagine-se só o FI deste artigo, que não passava de uma fraude (chancelada, durante certo tempo, pelo “peer review”, dado até então como praticamente infalível). Em outras palavras, o FI de um artigo pode ser construído, fabricado ou, o que me parece a melhor expressão, forjado, independentemente de sua qualidade. Ainda assim, o problema não está no FI, ou de que se monitore o FI de pesquisadores. O problema é utilizar o FI como instrumento de política científica ou de um “sistema de recompensa”. A pressão para publicar e a obsessão pelo FI são, assim, a expressão de um tipo de fundamentalismo: o científico, em que os meios para se fazer Ciência antes de serem valorizados, são desrespeitados.<br /><br />Todavia, para justificar tudo isso, tem sido dito que a pressão para publicar é uma forma de “prestar contas à sociedade” pelos investimentos feitos em pesquisa. Desde quando “a sociedade” lê artigos científicos? Ora, este é outro argumento falacioso, e o “publicismo” não pode, de forma alguma, ser considerado uma forma de “prestação de contas à sociedade” como pretendem alguns. Isso não faz o menor sentido, já que “a sociedade” simplesmente “não dá a menor bola” para a produtividade ou para o Fator de Impacto! Por isso, é inaceitável que a pressão para publicar resulte da intenção de prestar contas. Na melhor das hipóteses, é um instrumento de acompanhamento, cômodo e equivocado é bem verdade, por quem se diz ou é responsável pela gestão de fundos públicos para pesquisa. E o que é pior, muito amiúde o FI é tomado como o oráculo supremo desta suposta prestação de contas, a ponto de se assumir que quanto maior aquele, melhor seria esta, inclusive para a sociedade.<br /><br />Evidentemente, como já se disse, não se pretende aqui negar a importância de se publicar. Longe disso, mas o que precisa ser apontado de maneira clara é porque as coisas são assim do jeito que são, já que a pressão para publicar não é fruto do acaso e nem tampouco é “natural”. Isto é um aspecto muito importante. De forma alguma o “publique ou pereça” pode ser considerado como algo que aconteceu naturalmente (uma breve história pode ser lida em <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Publish_or_perish">http://en.wikipedia.org/wiki/Publish_or_perish</a>). A pressão para publicar resulta da ação consciente de nossos colegas professores e pesquisadores que nos representam, por exemplo, na CAPES e no CNPq. São eles que, motivados por razões diversas, ano após ano refinaram o “sistema de recompensa” baseado no “publique ou pereça”. Se publicar ou perecer é uma imposição, então ela se deve mais aos nossos colegas (e a nós mesmos) do que por vontade de alguma deidade. E isso não tem nada de “natural”, assim como também não resultou “naturalmente” do processo de consolidação da formação de recursos humanos e da pesquisa no Brasil. Aliás, no Brasil, a pressão para publicar resulta antes de um mimetismo científico (não foi por aqui que se inventou o “publique ou pereça”). Portanto, apontar que a pressão para publicar seja algo natural não passa de um subterfúgio, consciente ou não, para ocultar as causas que a fizeram surgir e que a mantém, o que dificulta, se não impede, que sejam criadas as circunstâncias para a sua superação.<br /><br />Mas então, o que fazer? A mudança começa necessariamente pelo reconhecimento de que a pressão para publicar não é nem uma imposição de origem desconhecida nem é “natural”, mas é um instrumento de recompensa ou de punição, dependendo da perspectiva, organizado pela própria comunidade científica e acadêmica. Portanto, se a origem da pressão para publicar está em nós mesmos, também é em nós que se encontram as possibilidades de mudança. Assim, por exemplo, se no sistema de recompensa baseado na produtividade científica operam vigorosos feedbacks de reforço, como foi discutido, nossos colegas que nos representam nas agências de fomento precisam defender, com o apoio de sociedades científicas como a SBCS, a implementação de feedbacks de equilíbrio. Ou seja, de que a distribuição de recursos para a pesquisa não se baseie exclusivamente na produtividade científica ou no FI. De outro modo, dificilmente poderemos superar este tipo de fundamentalismo científico baseado na pressão para publicar.<br /><br />Por tudo isso, enquanto se aumenta a pressão para publicar, penso que o movimento deveria ser o inverso. Faço deste documento, portanto, um libelo inicial pelo movimento “slow publishing”: pensar mais, publicar menos, publicar melhor. Mesmo porque não se trata de viver para publicar, nem tampouco publicar para viver, e muito menos ainda de “publicar ou perecer”, mas tão somente viver... e... publicar, as vezes! E publicar para viver melhor, para ajudar a “aliviar a miséria da existência humana”. O que não é pouco, convenhamos!Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-13093373094028010062009-01-02T15:51:00.000-08:002009-01-02T16:05:02.822-08:00O mundo pós-americano<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjms8r-_wp6rER01OhfU0DMnTKZ8tJf_Rgizz0JZhLivaLVgKtQaCsGrXhxTnGjSu9oXniphyphenhyphen2PNBstrauKp-bx8w_qwyBH8ZUOEUN_3BS_n4Hpp-BrqBxvJARKqhUwW5V6lcBX/s1600-h/fareedzakaria.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5286849489138963410" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 119px; CURSOR: hand; HEIGHT: 180px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjms8r-_wp6rER01OhfU0DMnTKZ8tJf_Rgizz0JZhLivaLVgKtQaCsGrXhxTnGjSu9oXniphyphenhyphen2PNBstrauKp-bx8w_qwyBH8ZUOEUN_3BS_n4Hpp-BrqBxvJARKqhUwW5V6lcBX/s320/fareedzakaria.jpg" border="0" /></a><br /><div>Terminei hoje a leitura de "<a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=2647234&sid=1899063311012296001594132&k5=81A80F4&uid=">O mundo pós-americano</a>" de Fareed Zakaria. Apesar de leitura fácil, para mim o autor retrata o papel dos Estados Unidos no século XX de maneira exageradamente positiva. Apesar das muitas referências à Guerra Fria, o autor não faz nenhuma referência ao bloqueio americano à Cuba (no índice remissivo não consta o verbete "Cuba"), ou à ingerência da CIA em muitos países latino-americanos. É bem verdade que o argumento central do livro pretende ser outro (a ascensão de países emergentes, notadamente China e Índia, com breves referências inclusive ao Brasil), mas ao fazer uma leitura demasiadamente positiva do papel dos Estados Unidos, ficou a impressão em mim de que se trata de uma análise um tanto "ingênua" da relação deste país com os emergentes.</div>Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-76727158973039147812009-01-02T15:33:00.000-08:002009-01-02T15:49:52.982-08:00Feliz 2009!<a href="http://img.photobucket.com/albums/v445/iftk2/glitter/feliz_ano-novo.gif"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 500px; CURSOR: hand; HEIGHT: 333px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://img.photobucket.com/albums/v445/iftk2/glitter/feliz_ano-novo.gif" border="0" /></a><br /><div>Mais uma passagem de ano, e a cada ano que passa tenho a sensação renovada de "déjá vu". As muitas queimas de fogos de artifício (com dinheiro público !) anunciam como grande novidade o prolongamento do "espetáculo" (vivemos mesmo a "sociedade do espetáculo"). O objetivo é sempre um novo recorde... É sempre mais do mesmo...e é curioso observar a ansiedade das pessoas ao aguardarem pelo "espetáculo ' da passagem do ano... talvez o reflexo de uma fantasia coletiva... a fantasia de que pelo menos por alguns instantes, a vida pode ser mesmo "iluminada"!</div><div></div><div><span style="font-size:130%;color:#ff0000;"></span> </div><div><span style="font-size:130%;color:#ff0000;">FELIZ ANO NOVO! BOA SORTE EM 2009!</span></div><div></div><div></div>Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-20128749274116693232008-11-27T18:04:00.000-08:002008-11-27T18:11:12.753-08:00Capra em Florianópolis: incoerência sistêmica?Depois de uma longa ausência, resolvo retomar os posts no meu blog, com uma breve reflexão sobre a participação de F. Capra na EcoPower em Florianópolis, no dia 12 de novembro. Com isso, de certa forma também volto a me manifestar sobre a EcoPower, que pretende ser uma "feira de negócios" que de "Eco" tem realmente muito pouco, ou quase nada. E agora, para variar, F. Capra, com a sua presença como palestrante de abertura, avaliza o evento, o que me parece ser uma grande incoerência sistêmica de sua parte, como comentarei a seguir (continuarei em breve).Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34469806.post-50855210743257812222008-05-19T15:23:00.000-07:002008-05-19T15:24:57.745-07:00Aforisma do dia"<span style="font-family:lucida grande;color:#000099;"><em>To see or not to see; that´s the system</em></span>"Sandro Luis Schlindweinhttp://www.blogger.com/profile/04828436716567104552noreply@blogger.com1